MIGUEL GENOVESE

São Paulo

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Reunir múltiplos pontos de vista para criar algo único é uma das maneiras pelas quais Miguel Genovese desenvolve soluções criativas. “A partir de um objeto que pode ser visto por ângulos diferentes surge o novo. Temos que enxergar a partir de várias lentes. Esse é o segredo. Cada lente é uma experiência diferente”, explica o publicitário, um dos primeiros profissionais a integrar o coletivo da ASAS.  Com mais de 140 prêmios – incluindo Cannes e One Show, ele acredita que a interação entre os diferentes talentos do coletivo internacional de inteligência criativa é um das razões do êxito dos projetos do grupo. “Cada alado é uma lente sobre o mundo. Quando a gente coloca várias lentes sobre um objeto, tem algo mais rico, o que é poderosíssimo. Não tem como uma história ser contada de maneira melhor do que por todas essas pessoas, por várias cabeças”.

Atualmente à frente da área de criatividade e inovação da PwC, Miguel já trabalhou com marcas como Coca-Cola, Microsoft, Dove, GM e Oi. Ele tem sido responsável por ajudar a abrir os olhos de diversas empresas para inovar, principalmente quando a comunicação digital começou a ganhar relevância.   

“Eu vejo o mundo corporativo hoje e acredito que as pessoas estão querendo transformar, mas não querem mudar. Vejo empresas falando, contando histórias de transformação digital, transformação de negócios, mas de fato não caminham nesse sentido. ”

Assim como a produção da ASAS, voltada para o respeito à inteligência da audiência, Miguel ensina que é preciso pensar estrategicamente na relação do público com as marcas. “Hoje, consigo olhar para o usuário, audiência, consumidor, entender sua experiência, sua jornada e criar um ecossistema de negócios ao seu redor envolvendo marcas que dialoguem com naturalidade com ele. O que me dá muito prazer é viver em um mundo que mistura criatividade e inovação sempre focado nas pessoas”.

O publicitário avisa que, para se conectar melhor o público, é preciso estar com o radar ligado e ser receptivo à novidades. “Quando penso em cultura e entretenimento, não penso em caixinhas. A gente tem que estar sempre aberto. É como música. Não sou obrigado a gostar, mas tenho que estar aberto a um novo ritmo que surge. Na cultura sempre vai surgir uma coisa nova e a gente tem que estar aberto a isso”, conta Miguel. Hoje, entro em qualquer projeto que me desafie a misturar criatividade com inovação. Me chama que eu vou”.