O FEMININO NO MUNDO CORPORATIVO
CONVIDADAS:
MEDIADORES:
Abrir espaço para lideranças com propósito
Nosso coletivo recebeu a presença de cinco das maiores mentes de liderança feminina no mundo corporativo brasileiro. Andrea Alvares (VP Marketing, Inovação e Sustentabilidade Natura), Daniela Cachich (VP Marketing - PEPSICO Foods Brasil), Gabriela Onofre (CMO – Acesso Digital), Malu López (Global Client and Category - Latam Facebook) e Rachel Maia (CEO - Lacoste Brasil).
Guiadas pelos nossos mediadores, os alados Paula Trabulsi (cineasta e fundadora da ASAS), Fernando Luna (jornalista), Mônica Waldvogel (jornalista) e Patrícia Weiss (head of branded content), colocamos essa brilhante junção de neurônios para discutir o papel da mulher na sociedade e no mundo corporativo ontem, hoje e no futuro.
- discussão sobre como o posicionamento das marcas pode promover reflexões relevantes na sociedade.
“ Eu acho a democracia frágil demais. Há que ter uma tensão, um cuidado para que a gente atue, para que digamos daqui não vai passar .”
Abrimos a discussão pontuando como foram rápidas as mudanças que possibilitaram essas cinco mulheres ocupar cargos do alto escalão no mundo corporativo. Mônica Waldvogel nos lembra que toda conquista necessita de uma pressão para se manter, seja da sociedade ou de grupos internos, e questiona: o quanto as marcas para as quais essas executivas trabalham estão preocupadas em fazer essa manutenção dos valores de inserção e diversidade?
Um tema amplamente discutido foi LEGADO e VALORES das empresas. Falou-se de empresas que enfrentam o medo de desagradar alguns grupos sociais, mas propõem campanhas que sustentam seus próprios valores, construindo um discurso coerente mesmo em tempos de lideranças retrógradas.
É possível deixar um legado trabalhando com marcas? Como marca que fala com 200 milhões de pessoas todos os dias, o que existe é uma responsabilidade de se criar esse legado, de gerar reflexões relevantes na sociedade e de perpetuar a inclusão da diversidade.
“Se isso é uma verdade ou um valor de uma empresa, não é um governo que vai mudar. Se esse é um valor, esse valor não pode ser moda.”
Ao apresentar exemplos de dentro das próprias empresas, nossas executivas discutem a importância do Walk the Talk, ou seja, de se empregar o mesmo discurso e as mesmas práticas que as companhias pregam em seu ambiente interno, de impactar fora e ter a obrigação de impactar dentro. Discutem também o quanto as companhias conseguem, com essas práticas, criar ambientes onde as minorias possam se desenvolver enquanto trabalham nelas.
Neste bloco analisamos como lidar com a dicotomia entre fundos de investidores conservadores versus novos consumidores, que exigem cada vez mais propósito das grandes marcas, o old money versus new mind.
Foram revelados dados preocupantes, como o fato de 60% dos americanos não se sentirem confortáveis em trabalhar com mulheres, enquanto estudos preveem um aumento de 12 trilhões de dólares no PIB mundial se as lideranças feminina e masculina forem igualadas em empresas.
“Não podemos esperar que o individuo de conta de um problema que é sistêmico e social. Temos o papel de falar qual é a nossa agenda de transformação do sistema.”
Com uma diferença tão brutal entre as mentalidades de empresas, ter essas poucas, porém gigantes, exportando modelos mais humanos e inclusivos é de extrema importância, e não só dando o exemplo como também recebendo de outras. O grande ponto não é se foi você que começou algo, mas como você perpetua isto.
Com esses novos modelos de se portar no ambiente corporativo, será criada uma força de trabalho que exigirá de suas companhias atitudes relevantes e que não mais aceitará ideias e posturas retrógradas.
A referência que os meninos estão tendo dentro de casa é muito diferente da que nós tivemos. Isso criará uma geração de homens que apoiam e dividem as tarefas com suas mulheres em pé de igualdade.
“Somos de uma geração que está transicionando, e quem sabe na próxima geração essas características mais humanas estarão mais misturadas.”