DEBORA KOYAMA

New York / Zurich

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"Marqueteiros". Debora usa essa palavra sem pudor para se referir as equipes que vem comandando em sua carreira.

Debora (hoje Global Growth Operations Officer na Unilever) como Chief Marketing Officer - Mondelez International (cargo que ocupou de 2017 a 2019) implementou uma poderosa agenda de transformação e aceleração digital. "O que é o marketing no século 21? Como acelerar o crescimento digital? Quem é esse consumidor com quem estamos falando?", compartilha algumas das perguntas que estavam sob seu olhar. Esta é a sua função primordial e seu job description, mas a sua agenda pessoal é bem maior:

"Eu tenho chegado para a minha equipe direto e falado: qual é o teu sonho? O que você quer realizar dentro da companhia? O que me deixa feliz é ver o brilho nos olhos da pessoa que está lá e que eu posso ajudar a voar."

Nipo-brasileira, nova-iorquina de coração, baseada em Londres, vem desenvolvendo há quase 20 anos, estratégias de marca para players como AB InBev, Diageo, Kraft e L’Oreal, através de uma filosofia de liderança chamada servant leadership, ou "liderança a serviço das pessoas".

A liderança tradicional geralmente envolve o exercício do poder por uma figura no “topo da pirâmide”. Em comparação, o líder-servidor compartilha o seu poder, coloca as necessidades dos outros em primeiro lugar e ajuda as pessoas a se desenvolver em todo o seu potencial. "É o time que tem que estar no spotlight", ela diz.

É claro que, como resultado desta posição, esperam-se KPIs de campanha e business que façam sentido para o negócio (e Debora coleciona muitos acertos na bagagem), mas para ela as companhias devem começar a entender algo primordial: elas estão mais a serviço do sonho das pessoas do que vice-versa.

Marcas são agentes de transformação e, como tal, precisam agir com responsabilidade. Um ótimo exemplo do uso deste poder foi uma campanha que Debora orquestrou para Stella Artois com a fundação Water.org, a ONG do ator Matt Damon. Ela e sua equipe tiveram o privilégio de falar sobre como a falta de água compromete e desacelera o desenvolvimento humano e econômico no mundo.

Em pleno Super Bowl.

Em nome de uma marca.

Mais de uma vez, ela repete com convicção: "este é um dos melhores momentos para ser marqueteiro no mundo." Um de seus argumentos é o de que millenials serão 50% da força de trabalho global até 2020, portanto não há mais opção:

“As pessoas estão prontas para marcas terem propósitos.”